A 18 de Maio de 2024, 93 cidadãos e cidadãs guineenses foram arbitrariamente detidos pelas forças de segurança da República da Guiné-Bissau, na sequência de uma manifestação pacífica, organizada pelo movimento cívico Frente Popular e outras organizações da sociedade civil em diferentes cidades guineenses, com o intuito de denunciar a degradação da democracia e do Estado de Direito no país.
Os detidos permaneceram mais de 48 horas na 2.ª Esquadra de Bissau em condições desumanas, sob tortura física e psicológica e sem acesso a defesa. Entre as pessoas mantidas em cativeiro, encontravam-se idosos e idosas, grávidas e recém-mães.
Nove dos cidadãos, considerados os dirigentes do movimento cívico, estiveram em cativeiro, sem acesso a advogado até hoje, dia 27 de Maio, tendo sido libertados com termo de identidade e residência.
Um conjunto de organizações da sociedade civil e movimentos cívicos guineenses e não guineenses lançaram um manifesto PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE MANIFESTAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU, tendo sido subscrita por mais de 40 colectivos, incluindo plataformas de ONG dos PALOP, Portugal e Brasil.
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